Muito tem se falado em tecnologias em sala de aula. Muitos alunos vêem a escola como uma prisão para onde eles vão porque são obrigados. A repetição do movimento de abrir o caderno e copiar tudo que está no quadro se torna desgastante não só para o aluno, mas também para o professor. Um especialista da universidade americana tem criado um programa chamado "Educação 3.0" que inclusive tem uma denominação relacionada à velocidade de um processador de computador que quanto maior a numeração melhor o desempenho. A ideia de Jim Lengel é não mais ver a escola com aquele modelo concretado das crianças sentadas enfileiradas com o livro na mão e sim cada uma portando seu aparelho digital para interagir na aula. A partir disso o professor da UFBA, Edvaldo Couto, cedeu uma entrevista a um blog do site Terra chamado Porvir onde ele discute a situação do Brasil para receber essa novidade. Se colocarmos em pauta todas as dificuldades que o sistema de ensino do nosso país apresenta veremos que atender a essa tecnologia é a última coisa a se fazer. Muitas escolas não tem sequer cadeiras para acomodar todas as crianças quanto mais uma sala equipada para computadores. Mas o que me chamou mais a atenção na entrevista foi o fato do despreparo dos professores. Verdadeiramente a grande parte dos professores da rede pública são da faixa etária entre 40 e 60 anos e muitos deles aversos à tecnologia são pessoas que não gostam da ideia nem de se reciclar quanto mais mudar radicalmente; como essas pessoas conduzirão seus alunos? Na minha opinião outras prioridades deveriam ser contempladas e depois sim a inserção desse modelo de educação que é no mínimo desafiador.
Entrevista com o professor Edvaldo Couto
Entrevista com o professor Edvaldo Couto