domingo, 8 de setembro de 2013

Evolução tecnológica: Inclusão ou exclusão ?

* A educação profissional traz oportunidades de emprego,  promove o desenvolvimento científico e tecnológico do    país e gera inclusão social. 
* O ensino profissionalizante é um conceito que promove cursos voltados ao mercado de trabalho com o objetivo de formar trabalhadores com formação tecnológica. 

Ambos parágrafos estão dispostos na LDB de 1996 no artigo que trata da educação no Brasil. 
Segundo Ciavatta e Ramos (2011), no Brasil essa visão da educação profissional é fragmentada, pois desde a colônia é pautada na desigualdade  entre as classes sociais na separação entre a educação geral, como preparação para os estudos superiores, e a preparação imediata para o mercado de trabalho, funcional às exigências produtivas. Por exemplo, o governo lança vários programas de capacitação profissional, mas será que o interesse do mesmo é o crescimento profissional do jovem ou mão de obra barata para as grandes indústrias ? que aliás estão cada vez mais exigente.
Em uma entrevista à Revista Nova Escola, um empresário afirmou: 
"A evolução da tecnologia é definitiva e, infelizmente, mais exclui do que inclui. Quem não sabe operar um computador, dificilmente consegue emprego". (NOVA ESCOLA, 2013)

A maioria dos cursos profissionalizantes têm como base a informática; ensinar o aluno a operar a máquina é o foco e nós ouvimos muito falar sobre a inclusão digital. O que poderia ser feito para que a tecnologia fosse sinônimo de inclusão apenas e não exclusão? Fica a pergunta!
 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Twitando na sala...pode?



A nova moda são as redes sociais; quem não tem pelo menos uma está verdadeiramente "desconectado" e precisa se antenar. Muito já foi discutido nas aulas durante o semestre do uso das tecnologias e levou um tempo para que nós estudantes futuros professores abrissemos a mente para o que de fato é esse uso das tecnologias. Pensávamos nos recursos apenas como ferramentas, ex: levar um vídeo pra exibir na TV pen drive, ensinar os alunos como usar o computador ou o tablet e etc. Depois de tantos esclarecimentos percebemos que tecnologia na educação vai muito além do instrumental e se soubermos utilizar cada um desses recursos nossas aulas serão fantásticas!
Gosto muito da revista Nova Escola, pois é uma revista que tem um olhar novo com relação as práticas em sala de aula, críticas e curiosidades sobre as políticas públicas e muitas dicas para o professor se aperfeiçoar.
A última matéria que li falava do uso do Twitter em sala acho bem difícil um professor com conceito conteudista acreditar que pode utilizar o twitter para incrementar sua aula, mas vamos às dicas que a Nova Escola traz:
1. Ativar a criatividade do aluno para criar micro histórias (já que o limite são 140 caracteres) e incentivar a escrita.
2. Revisão de textos de outros (se o foco for a gramática normativa)
3. Observar o senso comum 

Portanto, as redes sociais podem sim serem utilizadas para além do entretenimento e o professor antenado vai utilizar esse recurso pra se aproximar da turma e tornar sua aula mais interessante.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Cibercultura






Será que o processo de virtualização tem a ver com a morte do autor? O artigo de André Lemos, Cláudio Cardoso e Marcos Palacios explicam esse processo como,
[...] infindável, já que o leitor vai de novo virtualizar nosso texto ao lê-lo, ao questioná-lo com suas referências adquiridas e com uma criação de relações e vínculos próprios.
 Roland Barthes afirma que ao encerrar o texto o autor perde totalmente o domínio sobre ele e o leitor é quem vai prosseguir com aquela criação fazendo as devidas inferências que lhes são convenientes, e assim por diante, portanto, um texto nunca está de todo acabado.
 [..] todo o texto é escrito eternamente aqui e agora. (BARTHES, 2004)
 O tempo real é a própria classe em atividade, onde as coisas acontecem “live”, ao vivo, entre todos os participantes, alunos e professores. (CARDOSO;LEMOS; PALACIOS)
 Eu entendo com isso que não necessariamente precisa-se de um computador para promover o uso das tecnologias em sala de aula se usarmos o conceito de interatividade, linearidade e hipertextualidade. Segundo Lemos, a obrigatoriedade dos processos virtualizantes ficam dependentes da maior ou menor competência do professor, mas a educação é (deveria ser) virtualizante por essência, não sendo essa característica uma prerrogativa das novas 

domingo, 1 de setembro de 2013

Software livre nas escolas: tá funcionando?



Software livre, inclusão digital e políticas públicas estão interligados, mas não se complementam. Primeiro porque o governo lança o projeto, nem todas as escolas aderem, as que aderem não recebem o devido apoio para manter o projeto e por aí vai o descaso da educação no nosso país. Com base no artigo da professora Bonilla, software livre e formação de professores: para além da dimensão técnica, pude entender um pouco mais das três questões em pauta. O software livre se faz presente na educação brasileira desde quando o governo lançou o PROINFO que é um programa que visa inserir a informática na educação.
A ideia é excelente, levar a tecnologia para as escolas, mas a escola e todo seu corpo docente tem condição para receber e manter esse projeto? O primeiro debate a ser feito é sobre a insuficiência dos professores quanto à inclusão digital.

Muitos professores acreditam que esses sistemas e aplicativos são mais difíceis de operar, menos eficientes e de menor qualidade que o sistema proprietário mais utilizado: MS Windows. (BONILLA)

Mas porque os professores pensam assim? Porque têm enxergado o programa como um mero instrumento e não sabe das suas potencialidades culturais.
A definição para o software livre parece uma grande contradição quando tentamos entender o não uso nas escolas. Se o programa foi feito com a possibilidade de dar liberdade ao seu usuário de reprogramar o sistema de acordo com suas necessidades porque muitos professores não utilizam o sistema alegando que é mais difícil operar do que o Windows? Falta de política pública ou descaso? As vezes eu penso que a educação está assim porque tem muito professor acomodado. Não estou tirando a culpa do governo, até porque sou professora também, mas sou adepta daquele ditado: ‘não pode com ele junte-se a ele’, o governo lança o projeto, mas não dá suporte, no caso, não potencializa uma formação continuada aos professores, mas será que o professor por si só não pode pesquisar e colocar o projeto pra funcionar?
O que sobra é uma grande quantidade de computadores parados nos laboratórios das escolas sem funcionamento e o dinheiro todo que foi investido vai para o ralo.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A mesma tecnologia das metrópoles nas escolas ribeirinhas



Nosso seminário sobre TV, Vídeo e Educação trouxe muitas informações importantes sobre a história da TV, canais educativos, o papel do professor frente às programações das grandes emissoras e etc.
Mas eu queria comentar uma reportagem muito curiosa que eu li na Revista Nova Escola ed. Agosto 20013.
A reportagem fala sobre um programa da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) que cria escolas em comunidades na Amazônia para levar informação e tecnologia a crianças e adultos que não podem sair de lá.
O funcionamento da Escola Victor Civita se dá com base no revezamento para dar conta das turmas de Ensino Fundamental e EJA, pois os alunos moram ao longo do rio, então ir e voltar todo dia seria inviável; eles ficam quinze dias na escola e igual período em casa. 
Mas eu quero enfocar mesmo é na Escola Tomas Lovejoy que através da internet tem feito a diferença na comunidade do Tumbira-AM. As aulas são feitas através de mediação tecnológica; em Manaus, no Centro de Mídias da Sec. de Educação do Estado, fica um professor especialista e nas salas fica um professor que ajuda os alunos a interagir com a webcam e realizar as tarefas, ou seja, a aula é feita por vídeo conferência. O que me chamou mais a atenção foi o depoimento de uma professora chamada Vera Lúcia que fica em sala com a turma e pra não correr o risco de prejudicar as aulas grava os arquivos para que não ocorra nenhuma falha.
A lição que eu tiro disso é que a TV vai muito além de um mero instrumento, ela pode ser essencial para uma aula ao vivo como é o caso das escolas ribeirinhas do Amazonas; e a segunda lição é que a tecnologia é excelente, mas pode nos deixar na mão em qualquer momento e ainda assim essa não deve ser uma desculpa para falhar com nossos alunos e até mesmo com nosso planejamento. O plano B da professora faz muito sentido pra mim: gravar os vídeos antes é uma forma de evitar constrangimento e o prejuízo do plano de aula.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

E a internet continua livre e aberta ?

Se eu recebesse um desses emails de remetente desconhecido solicitando meu voto pra um tal de Marco civil da internet eu com certeza iria excluir porque até ontem à noite eu não sabia pantalhufas do que significava isso. Mas tivemos uma aula esclarecedora ontem na turma de EDC 287 sobre os objetivos dessa lei.
O principal objetivo do Marco civil é que a internet seja livre e aberta para todos respeitando o direito da neutralidade de rede que é o direito dos usuários obterem uma rede livre para usar o serviço que quiser sem precisar prestar contas às grandes operadoras, que aliás, são as mais preocupadas que essa lei seja aprovada, afinal elas perderam muito $$$ com isso. Imagine você pagar por pedaços na net como numa TV a cabo? tipo: só uso email e vídeo, então não posso ler jornal nem fazer pesquisas. Já sofremos com essa ditadura da velocidade "quem paga mais, tem mais" mas daí bloquear o acesso é demais.
De tudo mais o que foi dito (afinal é a primeira vez que eu ouço falar sobre isso) a questão da responsabilidade de uso indevido também me chamou a atenção. Quando um usuário da rede faz qualquer tipo de postagem, se esse material fere de maneira discriminatória, seja ela racial, social, religiosa, dentre outras, e outras pessoas comentam ou até passam adiante essa informação, a punição deverá recair sobre o responsável final apenas porque se não for assim ninguém estará isento disso que posso chamar de ditadura. Que liberdade é essa que o ofendido vai lá e retira da rede o material? pela lei do Marco civil ele deverá entrar com um processo judicial e esperar os trâmites legais.
Gostaria de concluir deixando uma frase muito interessante do sociólogo Sérgio Amadeu em uma entrevista sobre o Marco Civil da Internet,

Transparência total sobre o governo porque o governo é público e privacidade para os cidadãos porque o cidadão tem o direito de mostrar só o que ele quiser. (SÉRGIO AMADEU.2013)

Assistam o vídeo abaixo para maiores esclarecimentos.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

TV E VÍDEO NA SALA DE AULA

Não há o que contestar no que se refere à presença da tv e o vídeo na sala de aula, são elementos essenciais que facilitam a vida do professor, mas não de qualquer professor. Eu entendo que as tecnologias são suportes que agregam conhecimento e nos ajudam a "prender" a atenção da turma já que disputar com aparelhos eletrônicos cada vez mais avançados está se tornando a tarefa mais difícil do professor.
A defesa do bom professor usando a tv e o vídeo diz respeito a uma boa pesquisa prévia; infelizmente vemos professores colocando vídeos em sala que nada tem a ver com o tema abordado, única e exclusivamente para tomar o tempo da aula.
Gostaria de compartilhar um texto do professor José Manuel Moran que é especialista em mudanças na educação presencial e à distância.  Em um dos seus textos Moran afirma que o vídeo aproxima a sala de aula do cotidiano, das linguagens de aprendizagem e comunicação da sociedade urbana, mas também introduz novas questões no processo educacional. Que questões são essas? A tv está ligada diretamente ao entretenimento se o professor não souber utilizar essa tecnologia com planejamento pedagógico, o aluno verá esse momento apenas como um descanso no momento da aula.
O texto é bem prático e didático. Vale a pena ler!