Software livre,
inclusão digital e políticas públicas estão interligados, mas não se
complementam. Primeiro porque o governo lança o projeto, nem todas as escolas
aderem, as que aderem não recebem o devido apoio para manter o projeto e por aí
vai o descaso da educação no nosso país. Com base no artigo da professora
Bonilla, software livre e formação de
professores: para além da dimensão técnica, pude entender um
pouco mais das três questões em pauta. O software livre se faz presente na
educação brasileira desde quando o governo lançou o PROINFO que é um programa
que visa inserir a informática na educação.
A ideia é excelente,
levar a tecnologia para as escolas, mas a escola e todo seu corpo docente tem
condição para receber e manter esse projeto? O primeiro debate a ser feito é
sobre a insuficiência dos professores quanto à inclusão digital.
Muitos
professores acreditam que esses sistemas e aplicativos são mais difíceis de operar,
menos eficientes e de menor qualidade que o sistema proprietário mais
utilizado: MS Windows. (BONILLA)
Mas porque os
professores pensam assim? Porque têm enxergado o programa como um mero
instrumento e não sabe das suas potencialidades culturais.
A definição para o
software livre parece uma grande contradição quando tentamos entender o não uso
nas escolas. Se o programa foi feito com a possibilidade de dar liberdade ao
seu usuário de reprogramar o sistema de acordo com suas necessidades porque muitos
professores não utilizam o sistema alegando que é mais difícil operar do que o Windows?
Falta de política pública ou descaso? As vezes eu penso que a educação está
assim porque tem muito professor acomodado. Não estou tirando a culpa do governo,
até porque sou professora também, mas sou adepta daquele ditado: ‘não pode com
ele junte-se a ele’, o governo lança o projeto, mas não dá suporte, no caso,
não potencializa uma formação continuada aos professores, mas será que o
professor por si só não pode pesquisar e colocar o projeto pra funcionar?
O que sobra é uma
grande quantidade de computadores parados nos laboratórios das escolas sem
funcionamento e o dinheiro todo que foi investido vai para o ralo.
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