domingo, 1 de setembro de 2013

Software livre nas escolas: tá funcionando?



Software livre, inclusão digital e políticas públicas estão interligados, mas não se complementam. Primeiro porque o governo lança o projeto, nem todas as escolas aderem, as que aderem não recebem o devido apoio para manter o projeto e por aí vai o descaso da educação no nosso país. Com base no artigo da professora Bonilla, software livre e formação de professores: para além da dimensão técnica, pude entender um pouco mais das três questões em pauta. O software livre se faz presente na educação brasileira desde quando o governo lançou o PROINFO que é um programa que visa inserir a informática na educação.
A ideia é excelente, levar a tecnologia para as escolas, mas a escola e todo seu corpo docente tem condição para receber e manter esse projeto? O primeiro debate a ser feito é sobre a insuficiência dos professores quanto à inclusão digital.

Muitos professores acreditam que esses sistemas e aplicativos são mais difíceis de operar, menos eficientes e de menor qualidade que o sistema proprietário mais utilizado: MS Windows. (BONILLA)

Mas porque os professores pensam assim? Porque têm enxergado o programa como um mero instrumento e não sabe das suas potencialidades culturais.
A definição para o software livre parece uma grande contradição quando tentamos entender o não uso nas escolas. Se o programa foi feito com a possibilidade de dar liberdade ao seu usuário de reprogramar o sistema de acordo com suas necessidades porque muitos professores não utilizam o sistema alegando que é mais difícil operar do que o Windows? Falta de política pública ou descaso? As vezes eu penso que a educação está assim porque tem muito professor acomodado. Não estou tirando a culpa do governo, até porque sou professora também, mas sou adepta daquele ditado: ‘não pode com ele junte-se a ele’, o governo lança o projeto, mas não dá suporte, no caso, não potencializa uma formação continuada aos professores, mas será que o professor por si só não pode pesquisar e colocar o projeto pra funcionar?
O que sobra é uma grande quantidade de computadores parados nos laboratórios das escolas sem funcionamento e o dinheiro todo que foi investido vai para o ralo.

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